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Caia sete vezes. Levante-se oito.

Em pequena nunca tive ídolos. Quanto muito, o meu pai era o meu herói perfeito até que um episódio, tinha eu 14 anos, me mostrou que ele continuava a ser um herói... e que não era perfeito. Nunca tive os famosos cartazes da Bravo nas paredes nem suspirei por nenhum artista ou cantor. Cresci e continuo sem os ter, os ídolos ou heróis. (ok... os meus pais continuam a merecer uma admiração sem fim... cada vez maior). Todos temos "virtudes" e "defeitos", que gosto de ver apenas como características. Teimoso ou persistente?...

Enfim, a introdução já vai longa para justificar a história que se segue, uma história que tem vários anos. Cá vai:

Mesmo sem idolatrar, há pessoas que admiro, que escuto com especial atenção. Pessoas com quem me cruzo e com quem aprendo. Sobre a vida. Sobre o universo. Sobre mim... Num dado momento da minha vida procurei uma dessas pessoas para me ajudar. Estava a começar a ter mais pessoas a pedir terapia com som e começavam a acontecer "fenómenos" que eu não compreendia. Afinal, toda a minha vida era pautada pelo uso da razão... o racional dominava! Por não conseguir explicar racionalmente o que estava a acontecer e o que estava a sentir, pedi então ajuda. Marcámos um chá e conversámos. Conversámos?... ironicamente hoje olho para aquele momento e recordo o meu monólogo com palavras de encorajamento do outro lado: "Ai sim?..." ; "...pois..."; "...pode acontecer..."; "...compreendo...". Nesse dia continuei sem as respostas que procurava mas senti-me mais tranquila porque tinha desabafado e conversado sobre as minhas inquietudes. Nada me podia preparar para o que estava para acontecer...

Semanas mais tarde, num encontro de amigos, a mesma pessoa em quem eu tinha confiado e que muito admirava, começou a relatar ao grupo as minhas experiências, zombando e criticando as minhas atitudes. O meu nome jamais foi pronunciado e eu nesse momento percebi... percebi o porquê dos monossílabos nas respostas... nesse dia CAÍ... afinal e como depois me disse a minha filha "Mãe, os outros não sentem o que tu sentes com as Taças." Eu achava que sim. Ao pedir ajuda, eu achava que me podiam ajudar porque havia a experiência, porque já tinha vivido o que eu estava a viver. Afinal não... Sim, naquele dia doeu horrores, senti-me "traída", cheguei a casa e chorei que me fartei...

Fui-me levantando e... Alguns meses depois desta tarde emotiva encontrei outra pessoa que com a sua prática, com a sua confiança em mim, com a sua imensa sabedoria, com a sua experiência e com tudo o que É... deu-me acesso a todas as respostas que na verdade habitavam em mim... em silêncio. Atitude e Comunicação não verbal. Gestos e Olhares. Incentivos e Ensinamentos práticos... nesse dia LEVANTEI-ME completamente e fiquei de pé. Hoje, tudo está sereno e tranquilo em mim, tudo o que acontece numa sessão com as Taças é vivido com serenidade e confiança e agradeço frequentemente toda esta vivência. Aquelas pessoas, cada uma da sua forma, ensinaram-me tanto!... Deram-me um presente precioso. Ambas. De lá para cá mudei radicalmente de vida e se hoje assim Sou também o devo a esta experiência. Sim... provavelmente o chão vai voltar a tremer um dia e vou voltar a cair (viver e aprender como diz o povo)... e eu vou voltar a levantar-me. Só mais uma vez, sempre só mais uma vez!... :)

Assim é comigo, assim é com todos nós. Todos temos as respostas, por vezes precisamos apenas de alguém que nos ajude no caminho para as encontrar.

Sentir e sorrir!... Simplesmente Sorrir...

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